“Fumar maconha pode também desenvolver doenças mentais graves, como a esquizofrenia”
PORTO ALEGRE – Em um simpósio realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, em julho de 2018, o psiquiatra Gabriel Rossi, representante do Ministério da Saúde do Uruguai, apresentou a preocupação do governo com o uso de entorpecentes por adolescentes, que pode gerar problemas de memória e de reflexo na vida adulta.
Confirmando o que no mundo todo tem sido observado, as universidades de Duke (EUA), Israel , Suécia e Nova Zelândia pesquisaram grupos de milhares de usuários por mais de 30 anos.
O uso de maconha provoca perda de noção do tempo e espaço, além de prejuízo na memória e atenção. Podem ocorrer alucinações auditivas e delírios persecutórios.
O consumo de maconha reduz a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a desenvolver uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano. O uso de maconha pode lesar o cérebro, especialmente a região do hipocampo e, em um cérebro em formação como o de um jovem causa lesão neuronal, especialmente no córtex pré frontal, responsável pelo juízo crítico, memória e aprendizado. Fumar maconha pode também desenvolver doenças mentais graves, como a esquizofrenia. Se há uma lesão em um cérebro jovem, haverá um cérebro adulto sub desenvolvido. O QI do usuário pode diminuir em 8 pontos.
Isso, no mínimo, é um problema de saúde pública. Assim como no Uruguai, em todos os países onde o uso de maconha foi legalizado houve aumento de consumo e aumento da criminalidade e do tráfico.
O Brasil não tem hospitais nem prisões suficientes para lidar com isso e nem vai ter tão cedo, graças à corrupção que solapou os recursos públicos.
Uma geração precisa ser sempre superior à anterior. Com o uso aumentado da maconha e os decorrentes danos ao cérebro dos usuários adolescentes, poderemos ter uma geração tristemente inferior.
A matéria trata dos malefícios que o consumo de maconha pode causar à saúde e o desenvolvimento intelectual da pessoa, principalmente dos jovens.
Penso que se em um simpósio, com pessoas gabaritadas sobre o assunto, em seu aspecto médico, resolvem alertar sobre os graves perigos do consumo, não se deve ignorar o aviso.
Ademais, quanto ao aspecto da conduta social, o uso da maconha está irremediavelmente ligado a ações criminosas e de corrupção do comportamento – e as alegações de que em tal ou qual ajuntamento primitivo de seres humanos o uso da maconha é tranquilo é aceitável, não passa de exceção que somente confirma a regra.
Penso, ainda, sob o aspecto da segurança pública, que se alguns integrantes dos mecanismos de segurança pública cogitam que o problema é maior do que podem enfrentar para a solução, é prova que esses estão apenas se rendendo à sua incapacidade de gestão e capitulando em prol de um caminho profissional menos atarefado. E, no caso de políticos, aí é bem fácil perceber a cobiça de um nicho de eleitorado, que é pequeno, mas traz certeza para o sucesso de uma eleição.
De resto, fato mesmo são os malefícios à saúde com comprovação científica, dificilmente refutável.
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